quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A gestação ao longo da história

A percepção e a compreensão da gestação são fenômenos que foram mudando ao longo do tempo. Na pré-história, acreditava-se que os filhos eram frutos exclusivos da mulher, constituindo sociedades de organização matricêntrica. Dois mil anos adiante, o papel do homem neste processo começa a ser reconhecido e a sociedade passa a ser patrilinear, surgindo o controle da sexualidade feminina e consequentemente sua desvalorização. Anos à frente, o Cristianismo surgiu consolidando esse pensamento e ditando regras sobre todas as esferas do comportamento social, inclusive casamento, virgindade e flagelação corporal.
Durante a idade média, a gestação era tratada com total descaso, não havendo diferenças nem entra diferentes classes sociais.
Com a ascensão cultural e política dos burgueses surgem a individualidade, a oposição do privado ao público e a noção de intimidade.
Entre 1760 e 1820, a mulher americana, desenvolveu o alto-controle, sensibilidade, equidade e outras ferramentas para se recriarem e adaptarem-se ao novo papel social consequente da Revolução da Independência Americana.
Durante o Iluminismo, a medicina segue discursos sobre a importância do amor materno e do vínculo afetivo entre mãe e filho.
Os processos de mudança ganham consistência no século XX."A literatura revela, à partir dos anos 70, que um número crescente de mulheres estão optando por adiar o casamento e a procriação e múltiplos fatores têm contribuído para isso: prática anticoncepcional cada vez mais difundida; atividade profissional da mulher e retardamento na sua formação e capacitação profissional; casamentos tardios ou novas uniões; preocupação em conseguir uma situação financeira condizente com a responsabilidade que representa a criação dos filhos". (PARADA e PELÁ, 1999: 58).
A mulher passa a ter o conhecimento sobre seu corpo e a tomar decisões sobre o que fazer e como encarar a gestação.

REFERÊNCIA:

BOMBASSARO, P. et al. Gestantes e atividade física: uma abordagem global da mulher . Net, Buenos Aires, ano 13, n. 121, junho 2008. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd121/gestantes-e-atividade-fisica.htm

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